segunda-feira, 30 de março de 2009

Beco do Mijo

Lembro da rua que ontem passei
Suja e imunda, fedia mal
Mas um sorriso me fez pensar
Talvez não seja
Soluços longos só pra enganar
Dizem ser louco
Mas louco louco é aquele que acha normal
Não ser um doido

Por favor, não me queria mal
Só não gosto desse carnaval
Senti tua falta amanha
E do teu lado menos límpido

Em meios termos vim sem sinal
E essa verdade só nos prender
Não sei se vai mudar
Carece de algo ou sei lá
Perturba o teu mal
E custa acabar... E nunca...

E a redenção amanha?
Só não esqueça de me acordar
Toda vez que o nunca for mais
Sinto muito mais tenho que ir

Versos Lambidos


Se um dia eu vi
Caminhar passos infalsos
Senti medo de amar
Vive o passado mesmo sem olhar
O que há de errado?
Abraços perdidos eu ganhei
Beijos sem datas que ainda vão chegar
Então eu descanso....

E os versos lambidos que eu te dei?
Prosas e apostas sem refrão
Não me acostumei!!!
E lágrimas soltas pelo chão
Insistem em fugir
E o que é bom vem cedo ou nunca...

Retalhos soltos postos na tua mão
Revigorando tudo que ainda vive em vão
Sem pressas pra lutar
Se apetecido existe ainda então
Confuso, excluso, quase murcho
E ainda sem refrão
Pra cantar...

Os versos lambidos que eu te dei
Prosas e apostas sem refrão
Não me acostumei!!!
E lágrimas soltas pelo chão
Insistem em fugir
E o que é bom vem cedo ou nunca...