quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Entre Calos

Voltei calado então percebi
Que o certo é quase o errado
Tentei fugir e me resguardar por um bem querer
Querendo eu não tive
Perdi o que?
O brilho talvez por viver aqui
Distante de mim perto de você
Descalço entre calos seguindo o passo das horas

Não caberá um sentindo algum
Nem mesmo o céu se abrirá
Mesmo que o vento venha beijar o rosto teu

Não vou tentar nem estar ao teu lado por inteiro
Mais uma vez...
Não querer ser só ser só pra ver
Nem revelar poesia cantada por outros monstros
Mais uma vez... volto a cantar

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Nada a perder

Sempre esteve preso
Quando entendeu que tudo fosse mais
Uma chave perdida para viver em paz
E assim todo mistério o abandonou
Era simplesmente uma verdade oposta de uma explicação

E quis tentar a sorte
E na verdade nada adiantou
Segue sempre ao norte a procura de um outro perdedor
Nesse mundo quase imundo engana-se então
Que sonhos e desejos estão selados numa simples oração

Nada a perder
Se o nada ele já tem
Nunca aprendeu se quer o mal ou o bem
O teu pouco é tanto do nada que muitos tem
Nada a perder

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Espasmos (Parte II)

Vivo em troca um sonho apaixonado
Um sono apertado recolhido assim
Escorregando em grandes passos lentos
Me sujeitando a pó e só nem mesmo vi
Que só agora sei que a madrugada existe
Também pra quem não vive e dorme sem querer
E no embalo dessa valsa triste
A lua vem dizer o que eu ainda não perdi.

domingo, 21 de junho de 2009

Espasmos ( Parte I )



Ando assim escravo desse esboço
Vivendo aquele velho escorço
Nos distanciando secas ranhuras
Nos unindo num só plano
Ludicamente separados

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Quando tudo não mais é do que já foi
E quando esse tudo de nada restou
De uma fria, quase quente lembrança
De um passado eqüidistante de mim
Se existe algum lugar, um espaço
Onde esse nada possa fazer parte desse todo...
E viver sem conflito
E sem nenhuma preocupação, receio de ficar...
...brincando de viver, vivendo por viver
E que você não esteja no nada e nem no todo
Mas que faça parte somente de mim
E assim quem sabe eu possa aprender
Porque se é errando que se aprende
Então não aprendi a errar.

sábado, 4 de abril de 2009

Bossa Nossa

Moça, rasga-me meu corpo
Que hoje estou disposto a te procurar
Rosa, puro sofrimento
Sofrimento ameno
Que eu vejo em teu olhar

Há quem vai levar sem risco
Ser versátil e num abismo
Escondi você para mim
Toda afirmação é certa
Sendo louco ou mísero poeta
Escolhi meus versos pra cantar

Bossa, sei que tu é nossa
Sei que um poema assim te leva a balançar
Dona, desses olhos fardos
Faz o meu sufoco então no teu corpo acabar

Há quem vai levar sem risco
Ser versátil e num abismo
Escondi você para mim
Toda afirmação e certa
Sendo louco ou mísero poeta
Escolhi meus versos pra cantar

Pra você

Tiago Máci e Ronneylson Polary

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Letargo

Olha o que trouxe pra você!
Não são só rosas nem amor...
Trago um sorriso no rosto
E algumas mágoas pra guardar

E algumas lágrimas pra gastar
Mil e um motivos pra chorar
Diz que tenho medo de fechar meus olhos
Mas você tem medo de abrir os seus


Tiago Máci e Téo Malvine

segunda-feira, 30 de março de 2009

Beco do Mijo

Lembro da rua que ontem passei
Suja e imunda, fedia mal
Mas um sorriso me fez pensar
Talvez não seja
Soluços longos só pra enganar
Dizem ser louco
Mas louco louco é aquele que acha normal
Não ser um doido

Por favor, não me queria mal
Só não gosto desse carnaval
Senti tua falta amanha
E do teu lado menos límpido

Em meios termos vim sem sinal
E essa verdade só nos prender
Não sei se vai mudar
Carece de algo ou sei lá
Perturba o teu mal
E custa acabar... E nunca...

E a redenção amanha?
Só não esqueça de me acordar
Toda vez que o nunca for mais
Sinto muito mais tenho que ir

Versos Lambidos


Se um dia eu vi
Caminhar passos infalsos
Senti medo de amar
Vive o passado mesmo sem olhar
O que há de errado?
Abraços perdidos eu ganhei
Beijos sem datas que ainda vão chegar
Então eu descanso....

E os versos lambidos que eu te dei?
Prosas e apostas sem refrão
Não me acostumei!!!
E lágrimas soltas pelo chão
Insistem em fugir
E o que é bom vem cedo ou nunca...

Retalhos soltos postos na tua mão
Revigorando tudo que ainda vive em vão
Sem pressas pra lutar
Se apetecido existe ainda então
Confuso, excluso, quase murcho
E ainda sem refrão
Pra cantar...

Os versos lambidos que eu te dei
Prosas e apostas sem refrão
Não me acostumei!!!
E lágrimas soltas pelo chão
Insistem em fugir
E o que é bom vem cedo ou nunca...